quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Federico Fellini completaria 90 anos hoje



A doce vida na grande tela. A doce vida na própria vida. Federico Fellini (1920-1993), que hoje completaria 90 anos, conseguiu transpor as barreiras entre o pessoal e o profissional. Por meio do cinema, ele projetou seu mundo interior de maneira inovadora e original.
De histórias tristes ("A Estrada da Vida" e "Noites de Cabíria") e clássicos semi-autobiográficos ("A Doce Vida" e "8 ½") a épicos ambiciosos ("Satyricon" e "Casanova") e pseudo-documentários ("The Clowns", "Roma" e "Intervista"), Fellini conquistou espectadores pelo mundo com uma fórmula simples: o retrato, sem maquiagens, do cotidiano.
Os clássicos "A Doce Vida" e "Amarcord" perpassam um coro que não se calou até hoje no meio cinematográfico --o de focar no minúsculo, ações maiúsculas que não percebemos.
Outro ponto detalhado por Fellini é a reflexão sobre a modernidade em contraposição ao tradicionalismo imperante na Itália. Esse aspecto é destacado no livro "Conflito e Interpretação em Fellini", de Luiz Renato Martins. O autor detalha a produção de Fellini por meio de suas obras cinematográficas e analisa quatro filmes. São eles: "Roma" (1972), "Amarcord" (1973), "Ensaio de Orquestra" (1978) e "Cidade das Mulheres" (1980).
Chris Wiegand, em "Federico Fellini: Filmografia Completa", analisa os mais variados teores e estilos que o cineasta italiano utilizou para filmar. De histórias tristes e clássicos semi-autobiográficos a épicos ambiciosos e pseudo-documentários.
"Fazer um Filme", de autoria do próprio Fellini, revela ao leitor a profunda ligação do diretor com o cinema e sua paixão pela arte de filmar. O livro reúne a filmografia completa do cineasta italiano. O autor faz relatos sobre o processo cinematográfico e, em uma mistura de sinceridade e invenção, apresenta ao leitor sua vontade de chocar, de confessar, de ser a moral, o profeta, a testemunha e até o palhaço.

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